12/01/2016

9 Vezes que Janet Jackson fez a diferença na Indústria Musical.

Matéria traduzida do site Popcrush.com


I - VIDEOCLIPES 

É frequentemente notado o jeito com que os contemporâneos de Janet, Madonna e Michael Jackson fizeram dos videoclipes um evento no começo dos anos 80. Mas quando Janet lançou clipes para os singles de seu álbum revelação, Control, em 1986, ela demonstrou uma maestria da arte que se tornaria a marca registrada de sua carreira. Desde a coreografia complexa em What Have You Done For Me Lately aos visuais pop-políticos do longa metragem Rhythm Nation em 1989, Janet exibiu um conhecimento e aptidão para performar em videoclipes que cimentariam seu status como ícone pop.



Essa moda continuaria ao longo de sua carreira, na imagem descaradamente sexual do clipe de If, aos detalhes elegantemente executados de Got ‘Til It’s Gone e a festa dançante de desenho animado de All For You. Janet te lembrou que o videoclipe era a plataforma perfeita para um superstar passar sua mensagem, não importa as diferenças entre as músicas.



II - SEXO

Todos nós já lemos muitas opiniões de que as rainhas pop de hoje são tão hipersexualizadas que o Billboard Hot 100 é apenas um slideshow de soft-porn. Mas essa é uma visão limitada e ignora que muitos titãs do pop aceitaram seu lado sexy.


Enquanto a abordagem destemida da Madonna em relação à sexualidade pareceu ter um pico (e quase descarrilhar sua carreira) no Erotica de 1992, o esforço auto-intitulado de Janet em 1993 presenciou Jackson se arriscar no tema do sexo e prosseguir sem nenhum problema para a próxima etapa em sua carreira. Isso pode ter atingido a saturação com as consequências ruins pós-Superbowl em 2004, mas a Janet dos anos 90 mostrou às estrelinhas pop de hoje o manual de como fazer música crescida, embutida de sexo que ainda pudesse ter apelo popular. (Você com certeza sabe que a Christina Aguilera, Britney Spears e Miley Cyrus  tiveram que ouvir If antes de planejar suas transformações sensuais.)

III - TURNÊS CARÍSSIMAS 

O sucesso estrondoso de Rhythm Nation pôs a Janet na estrada para a sua primeira turnê em 1990. A jornada, imaginativamente chamada de Rhythm Nation Tour, se tornaria a turnê de estreia de maior sucesso por qualquer artista, lucrando 28 milhões de dólares de mais de 110 shows. 



Com todas as suas turnês, a Janet ajudou a construir o tipo de espetáculo multi-mídia que hoje é o padrão para a Gaga, P!nk e Britney entre inúmeros outros. De um esquadrão de dançarinos até várias trocas de roupa, a Janet foi uma das primeiras estrelas a recriar o mundo luxuoso de seus videoclipes em um contexto ao vivo. 

IV - COREOGRAFIAS

De shows luxuosos a vídeos chamativos, uma das marcas da Janet logo se tornou a coreografia complexa e instantaneamente icônica, que também lançou as carreiras de coreógrafas famosas como Tina Landon e Paula Abdul. De What Have You Done For Me Lately para frente, a Janet foi pioneira num tipo vigoroso, aparentemente fácil, mas estonteante de fazer passos de dança minuciosamente coreografados.



Vídeos como Rhythm Nation, If, The Pleasure Principle e Together Again mostraram o dom de Janet de trocar seu estilo de dança com facilidade. Escolha qualquer clipe no estilo “grupo de dançarinos atrás de um popstar” dos últimos 15 anos e você verá, logo de cara, a influência de Janet né Britney Spears? 

V - PRODUÇÃO POP

Nos últimos cinco anos o produtor se tornou mais proeminente no pop do que nunca antes. De DJs como o Diplo e o David Guetta ao sucesso continuado de Dr. Luke e Max Martin, as pessoas que mexem nos botõezinhos de controle nas músicas de sucesso têm tanta fama quanto as estrelas que os representam. A Janet entendeu o poder de um bom time de produção em um ponto chave de sua carreira.



Quando ela se reinventou com o charme durão e “da rua” do Control, Janet se amarrou aos colaboradores do Prince (e estrelas por seu próprio mérito), Jimmy Jam e Terry Lewis, para reformular seu som. Valeu a pena, e significou que dos 16 (!) números um do Billboard Hot 100 que Jam e Lewis lançaram, 9 deles vieram de seu trabalho com a Janet. Ela mostrou o poder de se achar um time certo de produção para estender sua visão, e a mágica da colaboração de Janet, Jam e Lewis ajudou a torná-la uma estrela.

VI - ÁLBUNS QUE ERAM VERDADEIROS EVENTOS

Assim que a Janet fez com que o mundo pop realmente a notasse com o sucesso de Control, inédito em sua carreira, ela fez de seus lançamentos de álbuns eventos: de interludes às músicas que não eram singles, cada álbum da Janet era um conjunto de trabalho completo e apenas lançado de alguns em alguns anos. 


Jackson fez de seus álbuns lançamentos de muito sucesso e, bem antes do momento atual onde os singles vêm com um teaser, lyric video, revelação da capa e relançamento de álbuns quase imediatamente, Jackson mostrou o poder de fazer do álbum seu cartão de visita.

VII - CONTRATOS COM GRAVADORAS

Antes do álbum janet., Jackson assinou um contrato com a Virgin Recods que valia 50 milhões de dólares – um valor sem precedentes na época, que depois foi aumentado para 80 milhões no meio dos anos 90 para o lançamento do Velvet Rope. Jackson fez com que o mercado musical pusesse dinheiro em seu trabalho, num gesto que significou o poder da estrela pop de alto calibre. Agora, as gravadoras montam “contratos 360º”, o Jay-Z usa estrelas de nomes fortes para promover o Tidal e as estrelas usam o apelo de suas músicas como moeda de troca em contratos para outros negócios.


Antes de Taylor Swift e Gaga estarem no topo da lista da Forbes de estrelas do pop poderosas, Janet estava mostrando como o mundo musical poderia retribuir aos artistas que lhe renderam tanto dinheiro. 

VIII - FUTUROS ARTISTAS

A influência de Janet foi citada por um grande grupo de artistas pop, e ela até ajudou no começo de algumas cantoras: a Paula Abdul entrou numa carreira de enorme sucesso após a Janet tê-la encorajado a fazê-lo, depois de ter coreografado algumas de suas músicas. A Jennifer Lopez apareceu pela primeira vez nas telinhas no clipe de That’s The Way Love Goes e, frequentemente, cita o estilo próprio de dança da Janet como uma inspiração.



Enquanto isso, a influência visual em cantoras como Britney Spears, Ciara e Zendaya é óbvio. Para falar a verdade, por tanto que falam que a Britney estava supostamente imitando a Madonna, seu estilo de dança e até a transição para uma imagem sensual pareciam muito mais alinhados ao jeito com que Janet deixou sua marca. P!nk, Beyoncé, Kelly Rowland, Justin Timberlake, Rihanna e Lady Gaga citaram, todos, a influência de Jackson neles como estrelas pop, o que mostra a duração e a amplitude de seu impacto no pop, ainda em andamento.


E não são apenas seus contemporâneos pop! Little Dragon, Dev Hynes e How To Dress Well são apenas alguns exemplos de artistas alternativos que mencionam serem fãs do material de Janet, enquanto Poetic Justice de Kendrick Lamar, lançada em 2013, contem um sample de Any Time, Any Place. 

IV - O VOLVET ROPE E ALÉM

Janet já havia aceito sua sexualidade, falado sobre o estado do mundo e se emancipado das pressões familiares em seus álbuns antes do The Velvet Rope. Mas, neste lançamento de 1998, ela mergulhou em assuntos mais pesados e criou um álbum com reviravoltas agora padrões para o R&B “alternativo”. Antes do The Weeknd, FKA Twigs e Kelela serem queridinhos da crítica, a Janet estava explorando a produção inovadora, honestidade brutal e uma visão inalterável.



Do brilho alegre de house-pop de Together Again à abordagem assustadoramente realista de como a internet gera desejos em Empty, este é não só um dos melhores álbuns de Janet, mas também mostrou um caminho ao qual muitos artistas se destinariam, musicalmente, anos depois.